Sua frase é, até os dias de
hoje, uma das mais lembradas quando se discute luta por direitos, busca por
igualdade e ativismo político. A política há muito passou a ser tratada com
desprezo por aqueles que se consideram “bons demais” para discuti-la e, assim,
acabam contribuindo, com sua orgulhosa omissão, para que tudo permaneça
exatamente como está, ou acabe piorando.
Veem a desigualdade social e a
marginalização crescente como injustiças a serem combatidas, mas para tanto
nada fazem. Preferem levantar os vidros do carro ao parar num semáforo, prender
a respiração ao passar pelo lixo ou por um riacho poluído, não se indispor com
os políticos por almejar um cargo público ou eventual troca de favores.
A corrupção que assola todo o
país, deve ser tratada como um problema epidêmico a ser combatido por todos e
não apenas por aqueles que se dispõem a falar pelos “mudos”.

E nunca, jamais, perder o poder
de indignação. Jamais acomodar-se às verdades impostas e aos fatos consumados.
Lutar – pacífica, coerente e persuasivamente – com as armas que mais surtem
efeito, as palavras e os exemplos.